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O MERCADO DE ETANOL BRASILEIRO: PANORAMA E SIMPLIFICAÇÕES NA CADEIA PRODUTIVA

Renan Pimenta do Amaral, Rosemarie Bröker Bone
 

O etanol é um biocombustível que possui uma crescente representatividade no mercado energético brasileiro iniciada nos anos 70, com ProÁlcool. Apesar da sua inserção na matriz energética brasileira ao longo dos anos, ainda se encontra pouco utilizado frente aos combustíveis não renováveis, em função da baixa autonomia que o etanol extraído da cana-de-açúcar confere aos veículos, apesar da baixa emissão de CO2 quando comparado à gasolina e ao óleo diesel. A motivação deste artigo é baseada na Resolução CNPE nº 12 aprovada em 4 de junho de 2019 quanto a venda direta de etanol do produtor ao consumidor e a fiscalização pelos órgãos competentes. Diante disso, o objetivo deste artigo foi dar um panorama do mercado de etanol brasileiro e avaliar os possíveis impactos econômicos dessa medida nos preços finais aos consumidores, dando continuidade às pesquisas desenvolvidas pelo Labecopet/Poli/UFRJ (AMARAL et BONE, 2020a;b). Procedeu-se análise descritiva dos dados e comparações de preços sem/com o efeito da resolução, onde concluiu-se que os efeitos da resolução poderão reduzir o preço final ao consumidor, uma vez que a distribuição será totalmente suprimida. Em outras palavras, a possibilidade dos produtores de etanol venderem diretamente aos postos de abastecimento de combustíveis poderá reduzir os preços finais na ordem de 21,25% ou na comparação com o preço final sem o efeito da resolução em 45,96 p.p.. Porém, não é possível antever qual o tratamento que será dado à tributação e demais custos da distribuição; mas, abre-se espaço para uma redução dos preços finais.

PESQUISA, DESENVOLVIMENTO & INOVAÇÃO: QUAL O PERFIL REGIONAL DO SETOR PETROLÍFERO BRASILEIRO?

Lucas Fernandes Oliveira, Juliana Magaton Mello, Rosemarie Bröker Bone
 

Um crescimento econômico de longo prazo deve ser pautado no investimento em bens de capital físico, humano e financeiro. A cláusula PD&I para o setor petrolífero é uma obrigação, mas ao mesmo tempo uma ferramenta para se obter o aprimoramento da infraestrutura produtiva e da mão de obra para o setor. Sendo assim, o objetivo deste artigo é identificar o perfil tecnológico de cada região a partir das pesquisas que estão sendo desenvolvidas por instituições de ensino e pesquisas públicas e privadas nacionais. Após a separação das pesquisas por região e estados da federação, objetivo foi alcançado. Verificou-se que na região Centro-Oeste, o foco das pesquisas é o monitoramento e controle de processos de produção de óleo e gás natural. A região Nordeste dividiu a atenção das pesquisas em dois produtos: a) melhoramentos de processos produtivos usando a elevação artificial e b) minimização da corrosão nas tubulações a partir do aprofundamento do conhecimento da ciência dos materiais. Na região Sudeste, a pesquisa centrou-se na recuperação avançada de óleo a partir do aumento do fator de recuperação de óleo e gás natural nos reservatórios. E na região Sul, a principal área de pesquisa foi o estudo geológico das bacias sedimentares. Na região Norte não há pesquisas relacionadas ao setor petrolífero a partir da cláusula PD&I.

Moderfrota e os impactos no setor agrícola nacional

Yago Vinicius de Oliveira Brum Ramos, Rosemarie Bröker Bone

Estudo dos impactos do Moderfrota sobre o setor agropecuário a partir da análise dos recursos do programa, venda de máquinas agrícolas, PIB agropecuário e produtividade do setor em plantação por área plantada e cabeças de gado por hectare para o período de 2000-2018

A importância do shale para a economia americana: o perfil de exportador líquido veio para ficar?

Juliana Magaton Mello, Rosemarie Bröker Bone, Renan Pimenta do Amaral

O shale é um recurso importante frente à diminuição da oferta mundial de petróleo. O American Oil Shale Boom deu certa autonomia ao país ao minimizar a importação de óleo. No entanto, o ano de 2018 parece ter sido o fim desta revolução, com a falência de 28 empresas de Exploração e Produção (E&P). Sendo assim, o objetivo deste artigo é identificar até que ponto a produção do óleo e gás natural do folhelho é vantajosa para as empresas e favorável à economia americana. Após a apresentação do contexto no qual o shale surgiu nos Estados Unidos e das principais empresas do ramo, foi necessário correlacionar o preço do barril de petróleo tipo Brent e WTI com os custos de produção do shale e analisar as perspectivas de produção para alcançar o objetivo proposto. Verificou-se que, por mais que exista a preocupação com relação à eficiência e estrutura de custos por parte das empresas, a produção do shale oil é economicamente viável apenas quando o custo de produção é inferior ao valor do barril de óleo convencional. Entretanto, a perspectiva do shale gas é extremamente favorável aos Estados Unidos, de modo que, em seu pior cenário, este ainda é exportador da commodity. O principal fator que proporcionou esta condição foi o desenvolvimento de tecnologia para a exploração do gás em grande quantidade e a baixo custo. A resposta à pergunta, se o perfil exportador veio para ficar, é parcialmente dadas as características da exploração e a fragilidade em relação aos preços do petróleo internacionais.

REFINAR OU IMPORTAR ÓLEO DIESEL? MODERFROTA E AS OPÇÕES DO GOVERNO BRASILEIRO FRENTE A ESCASSEZ ESTRUTURAL, 2000-2018

Rosemarie Broker Bone, Yago Vinicius de Oliveira Brum Ramos, Ana Caroline Pinheiro dos Santos

O governo federal para incentivar o crescimento do país, disponibiliza programas de financiamento às empresas a partir da linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A agricultura, um dos principais setores da economia

PESQUISA, DESENVOLVIMENTO & INOVAÇÃO: QUAL O PERFIL REGIONAL DO SETOR PETROLÍFERO BRASILEIRO?

Rosemarie Broker Bone, Lucas Fernandes Oliveira, Juliana Magaton Mello

Um crescimento econômico de longo prazo deve ser pautado no investimento em bens de capital físico, humano e financeiro. A cláusula PD&I para o setor petrolífero é uma obrigação, mas ao mesmo tempo uma ferramenta para se obter o aprimoramento da infraestraestrutura.

BRAZILIAN NATURAL GAS SECTOR: POSSIBLE SOLUTIONS TO SERIOUS PROBLEMS

Raíssa Fernandes Yabiko

Página 485

SETOR DE GÁS NATURAL BRASILEIRO: SOLUÇÕES POSSÍVEIS PARA GRAVES PROBLEMAS

Raíssa F. Yabiko, Rosemarie Broker Bone

O gás natural está entre os principais combustíveis no mundo, sendo considerado o mais limpo e flexível quando comparado ao petróleo e carvão. Todavia, esse insumo ainda tem pouca participação na matriz energética brasileira (12,3% MME, 2017). Nos últimos dois anos, o principal player do setor, a Petrobras, intensificou o processo de desinvestimentos em ativos, afetando principalmente a área gás e energia. Ademais, com a entrada em produção dos campos do pré-sal, a expectativa é que o volume de gás produzido no Brasil cresça exponencialmente. A luz desses fatos, o Governo brasileiro lançou um projeto chamado “Gás para Crescer” propondo medidas para a equalização dos acessos de todos os agentes do setor e a resolução de deficiências regulatórias. O final resultante dessa iniciativa foi um projeto de lei que aguarda votação no Congresso, apesar de o documento tratar pontos cruciais para o desenvolvimento do setor, como a instituição de um Operador Nacional do Gás Natural e um Mercado Secundário, não constanos autos provisões, como estudos tecnológicos e parcerias público/privadas, visando viabilizar o escoamento da produção de gás do pré-sal, tanto do ponto de vista técnico quanto econômico.

INCENTIVOS AO SETOR REFINO NACIONAL – CAMINHOS A SEGUIR

Gustavo M. Pereira, Rosemarie B. Bone

A regulação brasileira vigente garante o fornecimento de combustíveis para todo o território nacional, mas o cenário do refino brasileiro atual não permite que o país expanda o seu potencial. A instabilidade de preços dos derivados nacionais aos olhos de players privados, somada à existência de grandes refinarias da Petrobras e poucas e pequenas refinarias privadas, gerou um gargalo no abastecimento de combustíveis quase intransponível. Para romper com estas amarras são necessárias medidas que estimulem à entrada de novos atores no mercado. O objetivo é analisar o setor refino brasileiro propondo caminhos para as políticas econômicas futuras de maneira que propiciem um maior aproveitamento/expansão do potencial do setor. Indicam-se medidas previamente aplicadas com sucesso em outros países do mundo, como China e Rússia, que permitiram a expansão da capacidade instalada, a) como a construção de refinarias de menor dimensão (teapot refineries) e melhor distribuição territorial, b) uma reforma tributária focada na taxação da exportação de óleo cru (export duty) e c) o transbordamento e/ou migração do conteúdo local da exploração e produção (E&P) para o setor refino. Faz-se necessária uma análise conjunta do setor, para que as políticas governamentais futuras mantenham um alinhamento em todos os elos da cadeia produtiva do óleo e gás natural, com atenção especial ao setor de refino, por seu forte impacto na indústria em geral.

DO PETRÓLEO À ENERGIA FOTOVOLTAICA: A INSERÇÃO DO BRASIL NESTE NOVO MERCADO

Emilia Ribeiro Gobbo, Maria Antonia Tavares Fernandes da Silva, Rosemarie Bröker Bone

Como uma alternativa de diminuição de gastos em energia elétrica e um estímulo à prática de preservação do caráter limpo e renovável da matriz energética, o uso de energia solar fotovoltaica tem surgido como uma possibilidade real em construções residenciais, indústrias e até mesmo em plataformas para extração e produção de petróleo. Busca-se, através desse artigo, analisar os modelos de financiamento em países influentes quando se fala em energias renováveis; e também os investimentos feitos pelas majors petroleiras que, a partir do óleo, apostam em energias alternativas, tornando-as empresas de energia. Atrelado a isso, estuda-se o crescimento da inclusão da fonte de energia fotovoltaica no Brasil através da sua legislação e instrumentos de apoio dados pelo Governo Federal ao setor fotovoltaico. Concluiu-se que o país deve agir com maior efetividade na transformação de oportunidades em negócios concretos. Percebeu-se também, que a falta de financiamentos com juros baixos se apresenta como um dos gargalos mais fortes para a disseminação da energia solar no país.

Derailed locomotive? Petrobras investments and economic growth in Brazil

Raíssa Fernandes Yabiko, Rosemarie Bröker Bone

Petrobras is the largest firm in Brazil and one of the largest in the world. Its investment plans are among the biggest in the oil and gas industry, focused in Brazil and on E&P. Petrobras is responsible for a large share of gross capital formation and gross domestic product (GDP) growth in the country. The correlation between its investments and the country investment and GDP growth is above 0.8 and shows the dependency of the economy to Petrobras activity. At the same time, as a state enterprise it has been a tool of macroeconomic policy. In the 2010 ́s its gasoline and diesel prices were frozen to keep inflation down. The recent crisis in the company, including corruption scandals and oil price slump increased debt levels and reduced its capital expenditures. The sale of assets directive since 2016 is required to reduce its net debt. While a medium to long term survival strategy, the change in Petrobras’ investment profile may decrease the prospects of GDP growth in the Brazilian economy.

BRASIL, NORUEGA E REINO UNIDO: ANÁLISE COMPARATIVA DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS PARA O PERMANENTE ABANDONO DO POÇO

Marina H. A. Silveira, Rosemarie B. Bone

Com grandes campos de petróleo em depleção, o Brasil se encontra em um momento crítico em termos regulatórios e de melhores práticas para o abandono permanente de poços. O Brasil possui apenas uma diretriz de melhores práticas, faltando fiscalizações mais efetivas e diretrizes técnicas mais aprofundadas. Esse artigo através de uma análise comparativa entre o cenário regulatório e de diretrizes nacional e de regiões de referência mundial (regiões referência: Noruega e Reino Unido) mostra a situação brasileira em termos operacionais e ambientais para o abandono permanente de poços. Comparando-se as três regiões em relação a suas regulações e processos específicos para o abandono permanente de poços, conclui-se que o arcabouço regulatório brasileiro está próximo ao das regiões de referência, mas as melhores práticas brasileiras ainda não se encontram maduras o suficiente para garantir um abandono permanente de poço com segurança operacional e ambiental. Em termos de melhores práticas conclui-se também que os requisitos noruegueses são os mais restritivos e, consequentemente, os que levam a abandonos permanentes mais seguros. O processo brasileiro possui mais relatórios a serem apresentados pelas empresas de E&P, porém tecnicamente e no quesito segurança operacional, a Noruega se mostra mais detalhista e cuidadosa com procedimentos e materiais do que o Brasil.

THE IMPORTANCE OF THE CLAUSE OF RESEARCH, DEVELOPMENT & INNOVATION AND PETROBRAS' ACTING

Bone B. Rosemarie, Oliveira F. Lucas

No setor petrolífero brasileiro, as empresas de exploração e produção (E&P) de óleo e gás natural devem seguir a cláusula de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I) constante nos contratos de concessão e de partilha. Esta cláusula as obriga investirem parte do lucro em inovações tecnológicas em parceria com Instituições de Ensino e Unidades de Pesquisa. O objetivo é fomentar o setor visando soluções técnicas e a ampliação do conteúdo local de bens e serviços. O artigo busca verificar a) a importância do investimento em inovações científicas no setor petrolífero de 1997-2017, b) correlacionar a distribuição desse montante com as áreas
de maior atividade exploratória e c) analisar o grau de contribuição do Programa de Recursos Humanos (PRH/ANP) de 1997-2015, além dos promovidos pela Petrobras. Percebe-se uma concentração de instituições credenciadas na região sudeste onde localizam-se as bacias uma petrolíferas com os maiores desafios tecnológicos. Em sentido contrário, a região sul concentra importantes contribuições, principalmente com o registro de patentes, apesar da proximidade das bacias do Paraná e Pelotas, ambas sem quantidade de óleo comercial. O PRH fomentou a absorção crescente de mão de obra qualificada pela indústria. O sucesso do
projeto foi proporcionado, em grande parte, pela cláusula de PD&I. A Petrobras, por sua vez, obteve êxito na E&P em águas ultraprofundas ao investir em inovação tecnológica, além do percentual exigido pela cláusula. Conclui-se com um alerta sobre a necessidade de reativação do PRH/ANP, pois viabilizará a continuidade das parcerias na busca pela excelência produtiva do setor petrolífero nacional.

DO PETRÓLEO À ENERGIA FOTOVOLTAICA: A INSERÇÃO DO BRASIL NESTE NOVO MERCADO

Rosemarie Bröker Bone, Emilia Ribeiro Gobbo e Maria Antonia Tavares Fernandes da Silva

Como uma alternativa de diminuição de gastos em energia elétrica e um estímulo à prática de preservação do caráter limpo e renovável da matriz energética, o uso de energia solar fotovoltaica tem surgido como uma possibilidade real em construções residenciais, indústrias e até mesmo em plataformas para extração e produção de petróleo. Busca-se, através desse artigo, analisar os modelos de financiamentos em países influentes quando se fala em energias renováveis; e os investimentos feitos pelas majors petroleiras que, a partir do óleo, investem em energias alternativas, se tornando empresas de energia. Atrelado a isso, estuda-se o crescimento da incorporação da fonte de energia fotovoltaica no Brasil através da análise de sua legislação e instrumentos de apoio dados pelo Governo Federal ao setor fotovoltaico. Concluiu-se que o país deve agir com maior efetividade na transformação de oportunidades em negócios concretos. Percebeu-se também, que a falta de financiamentos com juros baixos, se torna um dos gargalos para a disseminação da energia solar no país.

INCENTIVOS AO SETOR REFINO NACIONAL – CAMINHOS A SEGUIR

Rosemarie Bröker Bone e Gustavo Medeiros Pereira

A regulação brasileira vigente garante o fornecimento de combustíveis para todo o território nacional, mas o cenário do refino brasileiro atual não permite que o país expanda o seu potencial. A instabilidade de preços dos derivados nacionais aos olhos de players privados, somada à existência de grandes refinarias da Petrobras e poucas e pequenas refinarias privadas, gerou um gargalo no abastecimento de combustíveis quase intransponível. Para romper com estas amarras são necessárias medidas que estimulem à entrada de novos atores no mercado. O objetivo é analisar o setor refino brasileiro propondo caminhos para as políticas econômicas futuras de maneira que propiciem um maior aproveitamento/expansão do potencial do setor. Indicam-se medidas previamente aplicadas com sucesso em outros países do mundo, como China e Rússia, que permitiram a expansão da capacidade instalada, a) como a construção de refinarias de menor dimensão (teapot refineries) e melhor distribuição territorial, b) uma reforma tributária focada na taxação da exportação de óleo cru (export duty) e c) o transbordamento e/ou migração do conteúdo local da exploração e produção (E&P) para o setor refino. Faz-se necessária uma análise conjunta do setor, para que as políticas governamentais futuras mantenham um alinhamento em todos os elos da cadeia produtiva do óleo e gás natural, com atenção especial ao setor de refino, por seu forte impacto na indústria em geral.

SETOR DE GÁS NATURAL BRASILEIRO: SOLUÇÕES POSSÍVEIS PARA GRAVES PROBLEMAS

Rosemarie Bröker Bone e Raíssa F. Yabiko

O gás natural está entre os principais combustíveis no mundo, sendo considerado o mais limpo e flexível quando comparado ao petróleo e carvão. Todavia, esse insumo ainda tem pouca participação na matriz energética brasileira (12,3% MME, 2017). Nos últimos dois anos, o principal player do setor, a Petrobras, intensificou o processo de desinvestimentos em ativos, afetando principalmente a área gás e energia. Ademais, com a entrada em produção dos campos do pré-sal, a expectativa é que o volume de gás produzido no Brasil cresça exponencialmente. A luz desses fatos, o Governo brasileiro lançou um projeto chamado “Gás para Crescer” propondo medidas para a equalização dos acessos de todos os agentes do setor e a resoluçãode deficiências regulatórias. O final resultante dessa iniciativa foi um projeto de lei que aguarda votação no Congresso, apesar de o documento tratar pontos cruciais para o desenvolvimento do setor, como a instituição de um Operador Nacional do Gás Natural e um Mercado Secundário, não constanos autos provisões, como estudos tecnológicos e parcerias público/privadas, visando viabilizar o escoamento da produção de gás do pré-sal, tanto do ponto de vista técnico quanto econômico.

A importância da cláusula de pesquisa, desenvolvimento e inovação e a atuação da Petrobras

Rosemarie Bröker Bone e Lucas Fernandes Oliveira

No setor petrolífero brasileiro, as empresas de exploração e produção (E&P) de óleo e gás natural devem seguir a cláusula de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I) constante nos contratos de concessão e de partilha. Esta cláusula as obriga investirem parte do lucro em inovações tecnológicas em parceria com Instituições de Ensino e Unidades de Pesquisa. O objetivo é fomentar o setor visando soluções técnicas e a ampliação do conteúdo local de bens e serviços. O artigo busca verificar a) a importância do investimento em inovações científicas no setor petrolífero de 1997-2017, b) correlacionar a distribuição desse montante com as áreas de maior atividade exploratória e c) analisar o grau de contribuição do Programa de Recursos Humanos (PRH/ANP) de 1997-2015, além dos promovidos pela Petrobras. Percebe-se uma concentração de instituições credenciadas na região sudeste onde localizam-se as bacias petrolíferas com os maiores desafios tecnológicos. Em sentido contrário, a região sul concentra importantes contribuições, principalmente com o registro de patentes, apesar da proximidade das bacias do Paraná e Pelotas, ambas sem quantidade de óleo comercial. O PRH fomentou a absorção crescente de mão de obra qualificada pela indústria. O sucesso do projeto foi proporcionado, em grande parte, pela cláusula de PD&I. A Petrobras, por sua vez, obteve êxito na E&P em águas ultraprofundas ao investir em inovação tecnológica, além do percentual exigido pela cláusula. Conclui-se com um alerta sobre a necessidade de reativação do PRH/ANP, pois viabilizará a continuidade das parcerias na busca pela excelência produtiva do setor petrolífero nacional.

BRASIL, NORUEGA E REINO UNIDO: ANÁLISE COMPARATIVA DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS PARA O PERMANENTE ABANDONO DO POÇO

Rosemarie Bröker Bone e Marina H. A. Silveira

Com grandes campos de petróleo em depleção, o Brasil se encontra em um momento crítico em termos regulatórios e de melhores práticas para o abandono permanente de poços. O Brasil possui apenas uma diretriz de melhores práticas, faltando fiscalizações mais efetivas e diretrizes técnicas mais aprofundadas. Esse artigo através de uma análise comparativa entre o cenário regulatório e de diretrizes nacional e de regiões de referência mundial (regiões referência: Noruega e Reino Unido) mostra a situação brasileira em termos operacionais e ambientais para o abandono permanente de poços. Comparando-se as três regiões em relação a suas regulações e processos específicos para o abandono permanente de poços, conclui-se que o arcabouço regulatório brasileiro está próximo ao das regiões de referência, mas as melhores práticas brasileiras ainda não se encontram maduras o suficiente para garantir um abandono permanente de poço com segurança operacional e ambiental. Em termos de melhores práticas conclui-se também que os requisitos noruegueses são os mais restritivos e, consequentemente, os que levam a abandonos permanentes mais seguros. O processo brasileiro possui mais relatórios a serem apresentados pelas empresas de E&P, porém tecnicamente e no quesito segurança operacional, a Noruega se mostra mais detalhista e cuidadosa com procedimentos e materiais do que o Brasil.

Conteúdo Local e Regulamentação Frente ao Potencial do Refino Nacional

Rosemarie Bröker Bone e Gustavo Medeiros

Nota para discussão, disponibilizada no site para livre acesso, com análises sobre o setor petrolífero no que se refere a regulamentação e o refino nacional.

Esclarecimentos Sobre os Dados Referentes ao Setor Petrolífero Brasileiro – Gasolina A e Óleo Diesel

Rosemarie Bröker Bone e Raíssa Yabiko

Nota para discussão, disponibilizada no site para livre acesso, com análises sobre o setor petrolífero no que se refere a Gasolina A e o Óleo Diesel.

Capítulo do Livro "Closing the Gap Between Practice and Research in Industrial Engineering"

Rosemarie Bröker Bone, Gustavo Medeiros e Raíssa Yabiko

Em Setembro de 2017, o Laboratório teve mais um capítulo de livro publicado!

O artigo nomeado “Petrobras’ Investment Projects in Brazil Under Checkmate: The Ghost Refineries Case” (“Os Projetos de Investimentos da Petrobras no Brasil sob Check-Mate: o Caso das Refinarias Fantasma”, em tradução livre), de autoria de Raíssa Yabiko, Gustavo Pereira e Rosemarie Broker Bone, foi submetido a XIX  International Conference on Industrial Engineering and Operations Management (ICIEOM) em 2017 e foi aprovado para publicação do livro baseado no congresso, intitulado “Closing the Gap Between Practice and Research in Industrial Engineering” (Preenchendo a Lacuna entre Prática e Pesquisa na Engenharia Industrial, em tradução livre).

Ver Trabalho

XVII Congresso Brasileiro de Energia

Rosemarie Bröker Bone, Alexandre Lima, Gustavo Medeiros, Lucas Fernandes e Raíssa Yabiko

Nos dias 21 e 22 de Novembro de 2017, ocorreu o XVII Congresso Brasileiro de Energia, no Centro de Convenções da FIRJAN, Rio de Janeiro - RJ. O Laboratório esteve presente com os seguintes pesquisadores apresentando os artigos aprovados:

 

1) Raíssa Fernandes Yabiko & Rosemarie Broker Bone - Gás natural no Brasil: Gás nosso de cada dia;

2) Alexandre Lima de Freitas & Rosemarie Broker Bone - Desafios da nação na área de Óleo e Gás Natural: ênfase no Conteúdo Local;

3) Lucas Fernandes Oliveira & Rosemarie Broker Bone - Diagnóstico Macroeconômico da Recessão do Setor de Petróleo e Gás Brasileiro e Novos Caminhos;

4) Gustavo Medeiros Pereira & Rosemarie Broker Bone - Desafios da Nação na Área de Óleo e Gás Natural: Ênfase no Setor Refino

 

A apresentação dos artigos atualizados e adaptados as requisições do Congresso colaboraram para a divulgação do conhecimento científico e atualização dos seus autores com novos questionamentos realizados pelo público ouvinte, além de aumentar a experiência do Laboratório e seus participantes na área energética do país.

Ver Trabalho

Projeto Desafios da Nação

Rosemarie Bröker Bone, Alexandre Lima, Gustavo Medeiros, Lucas Fernandes e Raíssa Yabiko

O programa Desafios da Nação tem por objetivo, dentre outros: 1) dobrar a renda por habitante; 2) reduzir as desigualdades; e 3) desenvolver tecnologias críticas. O objeto do estudo que nos compete é específico ao setor de óleo e gás. Ou seja, após diagnóstico detalhado referente ao Conteúdo Local, Parque de Refino e Gás Natural – parte I, indicou-se na Parte II medidas que propiciariam a retomada do crescimento da produção nacional, no geral e petrolífera, no específico. Num primeiro momento se apresentaram indicações de retomada do crescimento a partir das exportações motivadas por importantes parcerias comerciais, em especial a chinesa, por ser importante importador de commodities, dentre elas o petróleo brasileiro; num segundo momento, mostrou-se que a destinação das receitas da exploração e produção de óleo e gás natural vide Leis 9478/1997, 12351/2010 e 12734/2012 para os municípios visa melhorar a qualidade de vida e minimizar as desigualdades traduzidas em um IDHM acima de 0,6; em último indicou-se o caráter imprescindível da arrecadação sobre a receita bruta da Exploração e Produção (E&P) para fins de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) visando a proporcionar ganhos de escala na produção e redução de tecnologias críticas. Baseando-se nisso, sugeriu-se medidas quanto à três grandes esferas da indústria petrolífera nacional: conteúdo local, parque de refino e gás natural. 

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Projetos de Investimento da Petrobras para o Brasil em Xeque: o caso das refinarias fantasmas

Gustavo Medeiros Pereira e Raíssa Fernandes Yabiko

Analisar a autossuficiência brasileira em relação aos derivados de petróleo, com base em um cenário hipotético, no qual todos os investimentos programados pela Petrobras em 2014, para o setor refino, estariam 100% operacionais

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As pressões da produção do pré -sal brasileiro sobre o setor de refino nacional e os efeitos nas refinarias do Rio Grande do Sul

Raíssa Yabiko; Gustavo Medeiros; Rosemarie Bröker Bone

O setor de refino de petróleo apresenta grande relevância para a indústria brasileira e o estado gaúcho. A expansão do setor petrolífero nacional, com a exploração do pré-sal pode trazer benefícios para a economia do estado a partir dos aumentos de produção nos vários elos da cadeia produtiva do petróleo. O artigo tem como objetivo analisar a capacidade produtiva atual do parque de refino brasileiro, onde incluem-se as refinarias gaúchas. Concluímos que a produção de óleo cru ultrapassará o consumo interno. Entretanto, o volume refinado estará aquém da demanda, mesmo com os novos investimentos anunciados pela Petrobras, uma vez que as refinarias existentes já estão operando perto da capacidade máxima, mesmo aquelas sob o Promega. Sendo assim, a oferta de óleo do pré-sal e a crescente demanda brasileira por derivados fornecem um estímulo ao setor em nível nacional e regional, principalmente para a refinaria Riograndense.

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Exploração e Produção de Petróleo nas Áreas de Acumulação Marginal: o Caso de Alagoinhas/BA

Raíssa Fernandes Yabiko; Jéssica Matar Antunes; Rosemarie Broker Bone.

Analisar a revitalização do município de Alagoinhas, onde estão situada as áreas de acumulações marginais, através do ativo proveniente da exploração e produção (E&P) de petróleo.

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Análise do Setor Gasífero de São Paulo

Raíssa Fernandes Yabiko; Rosemarie Broker Bone.

​Analisar como o estado de São Paulo se comporta em relação à fonte de energia alternativa, o gás natural, que se configura como uma alternativa energética menos poluente comparativamente as fontes de origem fóssil.

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